quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

ANDA O ESPÍRITO DE NATAL

Uma época propícia aos sentimentos e às emoções fortes...



quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

AS TRÊS PENEIRAS

Augustus procurou Sócrates (o filósofo grego do séc. V a. c.) e disse-lhe:  
-Sócrates, preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de...  
Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:  
-Espere um pouco Augustus. O que me vai contar já passou pelo crivo das três peneiras?  
-Peneiras? Que peneiras?
-Sim. A primeira, Augustus, é a da verdade. Você tem a certeza de que o que me vai contar é absolutamente verdadeiro?  
- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!  
- Então, as suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que me vai contar, gostaria que os outros também dissessem o mesmo a seu respeito?
-Não, Sócrates! Absolutamente, não!
-Então, as suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse facto, ou mesmo contar a outros? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
-Não, Sócrates... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.
E Sócrates, sorrindo, concluiu:  
-Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos beneficiar disso. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma intriga a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de contar a outros, submeta-o ao crivo das três peneiras porque: Pessoas sábias falam sobre ideias; Pessoas comuns falam sobre coisas; Pessoas mesquinhas falam sobre pessoas.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

SEXO

Confessamos a nossa surpresa pela reacção que a publicação de um comentário anónimo (igual a tantos outros) gerou na blogosfera local. Mesmo admitindo que hesitámos em aprovar e publicar o comentário em causa –o que não significa necessariamente que estejamos de acordo com o seu conteúdo-, custa-nos perceber toda esta indignação. Sobretudo quando ela vem de alguém a quem nunca se (ou)viu uma palavra de contestação a este tipo de argumentação.
Passando rapidamente os olhos pelo blogue que clandestinamente o apoia, é possível encontrar mimos (comentários aprovados sem qualquer tipo de pudor) como aqueles que mais abaixo passamos a transcrever. É caso para perguntar: A voz da calúnia, da ofensa e da infâmia tem que ser um exclusivo dos comunistas?

“Potes Pacheco = Pagagay, agora até leva no cu no wc da câmara

Salomé Pires = Papagay (a)

Sara Pajote = Papava-a toda, sem bandeira na cabeça

Manuel Lucilio = Papagaio que piava muito e agora enfiram-lhe qualquer coisa no cú e anda sempre arrogante e já pia pouco (daqui a3 anos tiram-lhe o objecto do cú e volta a piar)
Na tua cama… vos vou xumbas a 6 de Novembro de 2010 às 12:52

Se o Manel Lucílio saiu da junta de alcáçovas, quem o vai substituir? Não me digam que é o gay não assumido do Ricardo Vinagre!
Chico Viana a 11 de Novembro de 2010 às 00:11

Ricardo Vinagre não é de certeza, vai abrir um bar gay em Lisboa. Boa sorte Ricardo
Carlos F a 12 de Novembro de 2010 às 11:38

o Morais e o Zé Rotunda falam num BORDEL. Será aquele onde trabalham as mulheres deles?
POVO a 18 de Novembro de 2010 às 12:44

O chefe da dase não consegue já esconder tanto gesto afemininado daaaasssse
Anónimo a 6 de Dezembro de 2010 às 21:06

Ouvi dizer que o Bengalinha passou um dia no centro comercial á procura de presentes, para a gertrudes foi um fio com um corno, para dar sorte que ela bem precisa. Para as outras passou horas nas lojas de lingerie, fio dental para a professora, fio dental para a filha da professora, fio dental para a francesa, e mais fio dental para a loura que vai saindo com ele ás encondidas. Para a secretária umas cuecas ás bolinhas com muito salero. E trouxe mais, tantas mais...o homem precisa, bem tenta parecer mais sério, mas já há quem escreva as suas memórias...
Anónimo a 27 de Dezembro de 2010 às 09:48

Falta uma, a que mora na rua estrada de Vila Nova
Anónimo a 27 de Dezembro de 2010 às 21:43

Quando é que estes porcos do caralho do blog ANTECAMARA deixarão as pessoas em paz, será que só se calam quado souberem quem anda a foder as mulheres deles, ou será que gostam e mesmo assim ainda continuam a falar,
Anónimo a 27 de Dezembro de 2010 às 20:23”

Etc, etc, etc…

E estas pessoas, só porque não são comunistas, não têm também família? Não têm coração? Não têm sentimentos? Não são também pessoas?

Perante estes factos, fica a pergunta:
PARA A CDU TUDO SE RESUME A SEXO?
Não seria muito mais interessante e benéfico, discutir sem atropelos, com respeito pelos outros e  de uma forma honesta e séria o que é realmente importante e essencial para o concelho?
QUEM SEMEIA VENTOS… COLHE TEMPESTADES!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

ANÓNIMO DISSE...

O texto que se segue foi escrito por um candidato ás ultimas autárquicas em Viana do Alentejo para ver se a população ia nas sua cantigas. O candidato não foi aceite e o seu texto não está a fazer furor na Internet, ele, o candidato continua a fazer figura de corpo presente.
"Já fiz cócegas à minha secretária só para que me passasse a mão pelo lombo, já me queimei a brincar com a Rita, já fiz um balão numa estudante universitária que me estragou o casamento, já falei com o Diamantino, já fingi ser importante.
Já quis ser astronauta, psicólogo, rei, pescador e cómico; já me escondi atrás da cortina e deixei esquecidos as sancas de fora; já fiquei debaixo do chuveiro até fazer chichi, aliás já fiz bem melhor na parede do Jardim.
Já dei uns beijos e uns apalpões, confundi os sentimentos, tomei um caminho errado e ainda sigo a caminhar pelo desconhecido.
Já rapei o fundo da panela onde se cozinhou o creme, já me cortei ao fazer a barba muito apressado o que não consigo é chorar ao escutar determinada música no autocarro, pois não ando de autocarro.
Já tentei esquecer os Zicos e descobri que são as mais difíceis de esquecer.
Já subi às escondidas até ao terraço do Cineteatro para agarrar as mamocas da Rita, já lhe rasguei o vestido para lhe ver a fruta, já levei uma palmada.
Já fiz juramentos eternos, escrevi no muro da escola e chorei sozinho na casa de banho porque os meninos me chamavam gordo; já fugi de minha casa para sempre e voltei no instante seguinte.
Já corri para não deixar alguém com a possibilidade de me apanhar e me dar uma coça, já fiquei só no meio de mil pessoas sentindo a falta de uma única ou duas ou três, vá-lá.
Já vi o pôr-do-sol mudar do rosado ao alaranjado, já mergulhei na água do Luso de um alguidar e barro não querendo sair de lá nunca mais, já bebi vinhaça até sentir os lábios dormentes, já olhei Viana de cima e nem mesmo assim encontrei o meu lugar.
Já senti medo da escuridão, já tremi de nervos, já quase morri de amor e renasci novamente para ver o sorriso de alguém especial, já acordei a meio da noite e senti medo de me levantar, foi o pesadelo das eleições.
Já apostei que podia correr descalço pela rua, mas foi só a brincar, gritei quando pus o pé no chão, roubei rosas num enorme jardim, já me apaixonei pelo Encarregado do estaleiro e pensei que era para sempre, mas era só um meio 'para sempre'.
Já me deitei na relva até de madrugada e vi a Rita substituir a Cidália; já chorei por ver amigos partir e depois descobri que chegavam novos amigos e que a vida é um ir e vir permanente, passei a partir desse momento a adorar orgias.
Foram tantas as coisas que fiz, tantos os momentos fotografados pela lente da emoção e guardados nesse baú chamado coração...
Agora, um questionário pergunta-me, grita-me no papel:
' - Qual é a sua experiência?' Essa pergunta fez eco no meu cérebro. 'Experiência.... 'Experiência... Será que enganar os outros é experiência?
Agora... agradar-me-ia perguntar a quem redigiu o questionário:
- Experiência?! Quem a tem, se a cada momento aparece uma gaja nova???....."
Por Anónimo em QUANTO VALE A IMAGINAÇÃO? em 25-12-2010  12:53

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

QUANTO VALE A IMAGINAÇÃO?

O texto que se segue foi escrito por um candidato numa selecção de pessoal para a Volkswagen. O candidato foi aceite e o seu texto está a fazer furor na Internet, pela sua criatividade e sensibilidade.

"Já fiz cócegas à minha irmã só para que deixasse de chorar, já me queimei a brincar com uma vela, já fiz um balão com a pastilha que se me colou na cara toda, já falei com o espelho, já fingi ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violinista, mago, caçador e trapezista; já me escondi atrás da cortina e deixei esquecidos os pés de fora; já fiquei debaixo do chuveiro até fazer chichi.
Já roubei um beijo, confundi os sentimentos, tomei um caminho errado e ainda sigo a caminhar pelo desconhecido.
Já rapei o fundo da panela onde se cozinhou o creme, já me cortei ao fazer a barba muito apressado e chorei ao escutar determinada música no autocarro.
Já tentei esquecer algumas pessoas e descobri que são as mais difíceis de esquecer.
Já subi às escondidas até ao terraço para agarrar estrelas, já subi a uma árvore para roubar fruta, já caí de uma escada.
Já fiz juramentos eternos, escrevi no muro da escola e chorei sozinho na casa de banho por algo que me aconteceu; já fugi de minha casa para sempre e voltei no instante seguinte.
Já corri para não deixar alguém a chorar, já fiquei só no meio de mil pessoas sentindo a falta de uma única.
Já vi o pôr-do-sol mudar do rosado ao alaranjado, já mergulhei na água límpida de uma piscina não querendo sair de lá nunca mais, já bebi whisky até sentir os lábios dormentes, já olhei a cidade de cima e nem mesmo assim encontrei o meu lugar.
Já senti medo da escuridão, já tremi de nervos, já quase morri de amor e renasci novamente para ver o sorriso de alguém especial, já acordei a meio da noite e senti medo de me levantar.
Já apostei que podia correr descalço pela rua, gritei de felicidade, roubei rosas num enorme jardim, já me apaixonei e pensei que era para sempre, mas era só um meio 'para sempre'.
Já me deitei na relva até de madrugada e vi o sol substituir a lua; já chorei por ver amigos partir e depois descobri que chegavam novos amigos e que a vida é um ir e vir permanente.
Foram tantas as coisas que fiz, tantos os momentos fotografados pela lente da emoção e guardados nesse baú chamado coração...
Agora, um questionário pergunta-me, grita-me no papel: ' - Qual é a sua experiência?'
Essa pergunta fez eco no meu cérebro. 'Experiência.... 'Experiência...
Será que cultivar sorrisos é experiência?
Agora... agradar-me-ia perguntar a quem redigiu o questionário:
- Experiência?! Quem a tem, se a cada momento tudo se renova???....."

TENHAM UM BOM NATAL

domingo, 12 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

CONTRA A CORRENTE...

Cansado da onda de maledicência que varre o país desde há uns anos a esta parte, achei oportuno dar voz a uma opinião contrária ao senso comum. Até porque, na actual conjuntura, não é fácil defender a posição do governo e poucas são as vozes que têm a coragem de as erguer em sua defesa.
Bem sei que Sócrates não é nenhum santo, mas daí a afirmar que é o causador de todos os males do mundo, vai uma grande distância. Já enjoa a campanha de difamação traduzida em milhares de “mails” que inundam as caixas de correio com conteúdo difamatório (algumas vezes com razão, outras nem por isso) do homem e do governo…
A insistência e a banalização de uma mensagem, tem, por vezes, efeito contrário aquele que se pretende alcançar. Por mim, estou farto de ver tudo e todos postos em causa… sobretudo quando não se contribui em nada para alterar o estado das coisas. E quando olhamos para o lado e verificamos que se a alternativa é Pedro Passos Coelho, então é preciso pensar duas vezes…

O LEME E A TORMENTA
"A história explicará um dia o que foi a crise económica e financeira que assolou o mundo e atingiu Portugal no início do século XXI.
E registará quem segurou o leme no meio da tempestade.
Duvido contudo que alguém se lembre dos que buscaram abrigo em terra, aguardando que a tormenta passasse, com a esperança de poder vir a segurá-lo, após certificação de que a nau estava em condições de navegar.
Não se trata de história trágico-marítima mas de uma imagem que ilustra bem a actual situação política portuguesa.
Houve eleições em Portugal há pouco mais de um ano, depois da mais vergonhosa e sistemática campanha para abater um primeiro-ministro de que há memória. Contra tudo e contra todos, o PS, ainda que apenas com maioria relativa, ganhou folgadamente.
O primeiro gesto do vencedor foi lançar convite aos demais partidos para avaliar a possibilidade de se abrir uma negociação visando criar condições de governabilidade e de estabilidade política absolutamente necessárias face à situação política internacional e às consequências internas. É aliás o que sucede em toda a Europa como foi recentemente demonstrado no Reino Unido, onde até existe um sistema eleitoral que facilita a obtenção de maiorias, e onde, há muitos anos, não se verificava uma situação de maioria relativa no parlamento. Em poucos dias, liberais e conservadores puseram-se de acordo, abdicando ambos de aspectos importantes dos respectivos programas eleitorais, para dar estabilidade ao país em momento de crise.
Entre nós, a resposta foi o que se sabe. Todas, sem excepção, desde a oposição retórica até à que pretende ser responsável e alternante, disseram simplesmente não e tudo têm feito desde então para dificultar a acção governativa.
O mais recente e ridículo episódio foi a novela do orçamento de Estado. Sem coragem para uma recusa categórica e para assumir a responsabilidade da abertura de uma crise política que seria a sua consequência lógica, o principal partido da oposição ficou-se pelo suspense e pelo descarte de responsabilidades.
Surpreendeu-me a cedência à chantagem e até a quase humilhação a que o Ministro das Finanças se sujeitou.
Ultrapassada a falsa “crise do orçamento”, voltou a carga da cavalaria. Enquanto “comentaristas” escolhidos a dedo de entre as fileiras da oposição ou de ressabiados da situação, de que o ex-ministro das Finanças Campos e Cunha é o maior expoente, “colunistas” e outros que tais, continuam, até ao enjoo, a sua cruzada em tudo o que é jornal, estação de rádio ou canal de televisão.
E uma nova solução para os problemas do país, em diferentes variações, parece ter sido agora encontrada por alguns notáveis da nossa praça como Paulo Portas, Pacheco Pereira ou António Capucho: uma coligação do PS com um ou mais partidos da direita mas com outro primeiro-ministro. Um, obviamente, ao seu gosto, e por eles escolhido. Isto é, pondo a mexer, precisamente, a única pessoa que cometeu o pequeno pecado de ganhar as eleições.
Enquanto isso, as exportações cresceram mais do que o previsto, o crescimento do PIB excedeu as previsões do Governo e da OCDE e o país continua a resistir às investidas dos mercados financeiros. E vários líderes mundiais reconheceram em Lisboa, aquando da cimeira da NATO, a justeza e a coragem das medidas de contenção que estão a ser executadas.
Quando a tempestade amainar, os portugueses saberão bem quem esteve firme no leme. E também espero que não esqueçam as patrióticas gaivotas que preferiram ficar seguras em terra".

Capoulas Santos
Eurodeputado
in REGISTO 25 Nov.2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A AUSTERIDADE É UMA IDEIA PERIGOSA


Uma verdadeira lição, em termos bem simples, de economia e finanças. Vale a pena ver e guardar.

domingo, 5 de dezembro de 2010

AINDA HÁ HERÓIS!


Polícia à paisana salva homem no metro de Madrid

"Um polícia à paisana é o herói do momento. Salvou um homem que estava caído na linha do metro de Madrid, prestes a ser atropelado. Veja o vídeo.
As imagens do circuito interno de segurança do metro de Madrid, divulgadas pela polícia espanhola, mostram o dramático resgate do homem que caiu na linha, na estação de Puerta del Ángel.
Segundo a Imprensa espanhola, o homem, de 41 anos, estaria bêbado e perdeu o equilíbrio quando estava na plataforma.
As imagens mostram o desespero dos outros passageiros que estavam na estação. Bracejavam e gritavam, tentando alertar o motorista do metro que estava a chegar à estação.
Foi nesse momento que o polícia saltou para a linha e conseguiu arrastar o homem segundos antes da passagem do metro.
O herói tem 30 anos e fez o juramento na Escola Básica da Polícia há pouco mais de dois meses.
Hoje, encontrava-se fora de serviço e, segundo contou, aproveitou a manhã para ir às compras com a noiva."
in JN 04.12.2010

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"O DIA EM APRENDI O QUE É ESTAR MORTO"

"Hoje, estive morto. Senti que toda a vida se escapava pelo ar que, aflito e a custo, respirava, enquanto as lágrimas eram gritadas, louco no carro, os olhos à procura, à procura, à procura.
Morri, ali.
A minha filha deveria sair da  Escola de Santo António, na Parede, apanhar uma carrinha do ATL e eu ia buscá-la.
O que é que aconteceu? O cartão da escola, que supostamente controla as entradas e saídas dos alunos, valeu zero. Ela saiu, porque viu uma carrinha de ATL e entrou. Era o ATL errado. Ninguém lhe perguntou o nome, não houve uma chamada, nada. Ela entrou com uma colega e só após duas horas de aflição indizível, comigo à procura dela por todo o lado, é que o telefone tocou. De um "After School", a perguntar se eu era o pai de uma Mafalda Ribeiro, que eles tinham, aflita, a pedir para ligarem ao pai. Aliás foi ela que falou: "papá?"
Durante duas horas, morri. Percorri ruas de possíveis percursos, olhei para todas as sombras, parques infantis, supermercados, escola antiga, liguei para os pais de colegas dela, todos os absurdos e horrores passaram pela minha cabeça, chamei o seu nome, entre choro, em ruas e em todos os recantos da escola. Nada. Evaporou-se. Horrível. Uma tristeza, uma aflição, um horror que nunca mais vou esquecer. E quando o telefone tocou e era ela, aquela voz doce da minha princesa, minha vida, meu ar, meu sopro de vida, eu soube o que era renascer. E desfiz-me em lágrimas de novo, e dali até ao tal After School, que teve a minha filha à sua guarda por engano, até ela pedir para ligarem ao pai, levei um segundo e levei toda a vida. Obrigado meu Deus, obrigado! Estacionei às três pancadas, voei em passo trocado de nervos, pela rua fora, Mafaldinha, Mafaldinha, Mafaldinha, cego de amor aflito, só há descanso e vida quando a abraçar e estiver tudo bem.
Quando a abracei, e ela, agarrada a mim, me disse, apenas: "Olá Papá"
eu soube que tinha renascido. E ela também, coitadinha.
Como cartão de visita da nova escola, estou esclarecido. Tantas referências boas e afinal  é isto: no primeiro dia, por maioria de razão, deveria existir um ainda mais rigoroso controlo de entradas e saídas, mas quando cheguei o portão estava escancarado, como deveria estar quando a Mafalda viu uma carrinha do ATL a chegar, estava na hora e ela saiu da escola e entrou na carrinha. Ninguém perguntou nada, ninguém fez nada.
E um ATL mete um grupo de crianças numa carrinha, não pergunta nomes, não verifica nada e só ao fim de duas horas é que, perante a aflição de uma criança de 10 anos a pedir para ligarem ao pai é que se acaba com este horror?
Quando penso na forma como desaparecem crianças, para sempre, todos os dias, penso que esses pais e filhos terão sentido isto, e muitos, mesmo sobrevivendo, morreram para sempre.
Eu tive a sorte de poder renascer.
E sei que, a partir de hoje, ganhei uma nova causa: fazer tudo o que estiver ao meu alcance para contribuir para uma Escola responsável, atenta, segura, onde os nossos filhos aprendem e podemos, enquanto pais, estar descansados.
Quando depois desta tarde de horror, fui buscar o pequeno Gonçalo ao colégio e ele me disse, comprometido, "Papá, parti os óculos a jogar à bola" eu disse para mim: que importância é que isso tem? Nenhuma, realmente, não tem nenhuma importância.
Não podia dizer-lhe que o pai hoje tinha aprendido o que é morrer, e tinha tido a bênção de poder nascer de novo."
Pedro Ribeiro - Rádio Comercial
13 de Setembro de 2010

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

CORTA-MATO EM V. N. BARONIA


Vila Nova da Baronia acolheu a 6ª edição do "CROSSALVITO", numa organização do Clube Natureza de Alvito.
Num dia com condições atmosféricas muito adversas, com frio e chuva à mistura, os atletas tiveram ainda que enfrentar um circuito sinuoso, lamacento e escorregadio.
O concelho de Viana fez-se representar por diversos atletas (sobretudo de Aguiar), defendendo as cores do Clube Natureza de Alvito.
Tratou-se de uma prova muito competitiva, em que cada participante tentou superar os seus limites.
Pena mesmo foi a fraca moldura humana a presenciar o evento. 
 

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O GATUNO... É MEU!!!

 Na Rádio Luanda. 
Uma forma muito própria de encarar a justiça popular.
Para ouvir...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

CORVOS

Para quem não sabe, CORVOS são uma banda incomum no panorama da música portuguesa. É constituída por quatro elementos com formação musical clássica mas que tocam temas essencialmente de matriz rock. Trata-se de um quarteto de cordas, constituído por Pedro Teixeira da Silva, Tiago Flores (violinos), Nuno Flores (violeta), Cláudio Nunes (violoncelo), que alia o virtuosismo instrumental dos seus elementos e a excelência das composições, arranjos e interpretações intemporais, ao gosto musical eclético, passando pelas suas origens clássicas e continuando pelo rock, música popular contemporânea e variadíssimos outros estilos musicais. A banda conta já com 11 anos de existência e celebrizou-se sobretudo à custa da reinterpretação de temas dos Xutos & Pontapés no seu primeiro trabalho discográfico (Corvos Visitam Xutos - 1999). O espectáculo ao vivo, com um baterista convidado, é o local certo para poder sentir e ouvir, o que eles têm para oferecer.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

POBRE BENFICA...

Mais uma prestação miserável do campeão nacional. Dá dó ver esta equipa a jogar e mais ainda quando no onze titular apenas surge um jogador português. Será que não há por aqui melhores jogadores do que Kardecs, Sálvios, Cardozos, Gaitáns, Jaras e companhia? E C. Martins não tem lugar no onze inicial? Põe-te a andar ó Jesus!!!

...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"Programa das Festas" RTP1

ALTERAÇÃO DE ÚLTIMA HORA:
DEVIDO À REALIZAÇÃO DA CIMEIRA DA NATO, O PROGRAMA TEM O SEU INÍCIO MARCADO PARA AS 15 HORAS E NÃO PARA AS 16 HORAS, COMO É REFERIDO NO CARTAZ.

sábado, 13 de novembro de 2010

HOMENAGEM AO "SENHOR DO ADEUS"


"Durante uma década foi um adeus solitário que marcou o Saldanha, em Lisboa. Mas o que parecia ser um aceno simples e que passava despercebido afinal era mesmo uma das imagens da capital e "tocava" a maioria que por ali passava. Mais de 200 pessoas mostraram isso mesmo ao aparecer quinta-feira à noite junto ao semáforo em que o "Senhor do Adeus" cumprimentava quem passava. Repetiram durante duas horas o aceno que a morte de João Manuel Serra (aos 79 anos) fez desaparecer.
"É o mais bonito velório a que fui nos últimos anos e que, provavelmente, terei a oportunidade de ir nos próximos", confessou ao DN Rui Zink, uma das personalidades que acompanharam os inúmeros anónimos que quiseram homenagear o "Senhor do Adeus". O escritor nunca falou com João Manuel Serra, mas das tantas vezes que por ele passou apreciava o "acto poético": "Não sei com que espírito ele fazia isto. Fazia e ponto. O acto era bonito, era inofensivo, era poético. Digamos que ele era um louco simpático."
A jornalista Leonor Pinhão, a apresentadora Leonor Poeiras e o advogado Ricardo Sá Fernandes também estiveram presentes. Este último não conseguiu esconder a emoção e foi de lágrimas nos olhos que realçou a perda de um "ex libris de Lisboa".
Lágrimas que também Olinda Serrano não escondeu, pois via-o sempre enquanto vendia castanhas. Apesar de gostar do número de pessoas que surgiram para o "velório", já o aparato considerou não ser o que o "Senhor do Adeus" mais gostaria de assistir: "Ele não queria estes risos todos, ele queria um sorriso afável e natural."
A concentração começou às 22.00 de quinta-feira e, durante duas horas, não foi só nos passeios que se prestou a homenagem. Na estrada, centenas de condutores buzinavam, correspondendo como sempre faziam ao gesto do "Senhor do Adeus".
Nem mesmo a polícia resistiu, com um agente da PSP a responder com um tímido aceno à homenagem.
Cruzaram-se histórias de João Manuel Serra, bateram-se palmas, acenderam-se velas. Muitos paravam o carro por alguns minutos para se juntar à multidão. Foi o caso dos irmãos Luís e Carlos Neto, que não quiseram deixar de ir ao Saldanha para se despedirem daquela "figura simpática que alegrava as pessoas ao final do dia". Só por esse motivo, Luís defende que se faça uma estátua na praça para prestar uma eterna homenagem ao "Senhor do Adeus".
A sua ideia não é original, pois já durante o dia se sucederam pedidos idênticos, tanto no blog Senhor do Adeus como no Facebook. Desde o Restelo (onde também se realizou homenagem idêntica à do Saldanha), passando por Belém e terminando no Saldanha, João Manuel Serra cumprimentava quem passava. E tal como a letra do fado que lhe foi dedicado - interpretado por Carlos do Carmo e Marco Rodrigues - muitos escrevem que o gesto não era um adeus, mas sim um olá.
Perto da estátua do duque de Saldanha, junto ao semáforo, foi ontem colocado um cartaz, com pessoas a acenar.
Para muitos lisboetas, a capital está mais pobre, e no Facebook podia ler-se que "perdeu um pouco da sua humanidade"."
in DN 13/11/2010

domingo, 24 de outubro de 2010

FIM DE ESTAÇÃO

Um cenário desolador é o que podemos encontrar quando nos dirigimos à estação de Viana e a todo o núcleo habitacional que a envolve. Um toldo a lembrar que ali existiu qualquer coisa que se assemelhou a um café ou taberna; uma placa a lembrar que em tempos ali existiu uma paragem de autocarros; uma escola primária transformada em associação fantasma; caixas de correio que não recebem correspondência faz muito tempo; batentes e fechaduras sem uso; janelas feridas no seu orgulho…
De gente, nem vivalma.
Um exemplo flagrante de  desertificação pura.
Intensifica-se a tendência para o abandono de pequenos lugarejos. A atracção pelos grandes centros urbanos e a expectativa de melhores condições de vida parecem irresistíveis.
Gente existe certamente que recorda com alguma nostalgia, os tempos em que neste lugar, o movimento não se restringia aquele que é proporcionado pelos raros comboios que ainda por lá passam diariamente.
Ao que consta, em breve o bonito telheiro da gare será retirado em nome do progresso, que é como quem diz, da electrificação da linha.
O comboio ainda por lá passa… mas não pára mais!

domingo, 17 de outubro de 2010

A MAGIA DE M.C. ESCHER na Fundação Eugénio de Almeida

O artista gráfico holandês M. C. Escher (1898 - 1972) produziu uma série de litografias e xilogravuras que procuravam representar construções impossíveis, inúmeros padrões geométricos, além de provocar no observador uma verdadeira confusão mental com suas brilhantes ilusões de óptica. A sua obra é vasta e diversificada. Escher é geralmente lembrado como uma artista amante da matemática. No entanto, a genialidade de Escher não se limita a construir imagens com impressionantes efeitos dotados de qualidade técnica e estética à perspectiva. Escher é um grande artista moderno, admirador das formas e da transformação. É também um artista que pinta a imagem de um novo homem capaz de se auto-analisar e, por conseguinte, de se reconstituir.


Esta mostra estará patente ao público até ao próximo dia 30 de Janeiro. Diariamente das 9H30 às 19HOO.


segunda-feira, 11 de outubro de 2010