Albinos criam equipa de futebol para fugir à morte na Tanzânia
«Decidi criar o clube depois de uma série de assassinatos. Pensei para mim: se tivéssemos uma equipa de futebol de albinos, poderíamos mostrar que são pessoas normais. O futebol é um meio interessante para passar mensagens, porque o mundo ama futebol», explicou o criador (anónimo) do Albino United, oriundo de Dar es Salaam.
Em algumas áreas rurais da Tanzânia e Burundi, os albinos são caçados e o seu corpo é retalhado para ser, posteriormente, vendido a fornecedores de produtos para feitiçarias. As partes mais valorizadas chegam a atingir os cinco mil dólares (cerca de três mil euros).
Nos últimos cinco anos, 75 albinos foram mortos na Tanzânia. 200 tiveram partes do seu corpo amputadas. Este ano já foi registado um ataque a um albino.
O albinismo trata-se de uma deficiência na produção de melanina, o pigmento que dá cor a todo o corpo humano. Os portadores da deficiência têm a pele pálida e vulnerável ao cancro, cabelos muito finos e dificuldade para ver, com olhos muito sensíveis à luz.
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